quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Hedwig - Rock, Amor e Traição(Hedwig and the Angry Inch, EUA, 2001)


Quando em 1998, John Cameron Mitchell levou para os palcos Off Broadway, o musical Hedwig: and the angry inch, com canções de Stephen Trask, eles estavam simplesmente revolucionando a cena queer com uma obra que se tornaria referência de representatividade de identidade de gênero com música de qualidade.

Em 2001, Mitchell levou o musical para às telas, dirigindo, escrevendo e protagonizado. Somos apresentados à Hedwig, uma cantora de rock que compara à queda do muro de Berlim, com sua experiência trans.


Com a narrativa construída por canções belíssimas como Origin of Love e Wig in a Box, conhecemos a história da personagem principal, que saiu da Alemanha Oriental, onde ainda se chamava Hansel para casar com Luther, um policial que conhece na rua.


A linguagem de videoclipe com animações que lembram vídeos do Radiohead, são simplesmente incríveis. Através de seus diálogos a personagem, que é basicamente uma rockeira, cheia de vida, faz referências à Lou Reed e David Bowie.


Para sair de casa, Hansel faz uma cirurgia de mudança de sexo, que acaba não sendo bem sucedida lhe restando uma polegada furiosa. Luther a abandona, e ela agora com o nome da mãe, Hedwig, vai procurar fama nos Estados Unidos.


Lá é responsável por compor para Tommy Gnosis, interpretado por Michael Pitt, por quem se apaixona e tem uma conturbada relação. Exaltando o talento trans, cada diálogo do filme é permeado por um humor ácido e clima existencialista.


Com cada número trazendo uma particularidade diferente, a performance de Hedwig no palco é visceral e poderosa. Após muitos perrengues, flashbacks e rock’n roll, a transexual pode finalmente assumir quem realmente é ao som da belíssima Wicked little town.


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