AME OU ODEIE. Bizarre, do diretor francês Etienne Faure , é exatamente esse tipo de filme. Apesar de ser ambientado no Brooklyn, Nova York, o longa carrega características muito particulares do cinema da terra de seu realizador, com alguma nudez frontal, sempre na medida.
Maurice(Pierre Prieur) é um jovem francês com um passado doméstico ruim e que acabou em Nova York. Ele é acolhido por duas mulheres, Kim(Raquel Nave) e Betty(Rebekah Underhill), que trabalham em seu bar burlesco underground, Bizarre, e moram em seu apartamento acima.
Logo ele se torna quase o mascote do clube, e também chama a atenção do colega de bar, Luka(Adrian James). Depois que Maurice passa uma noite na cama das mulheres, ele e Luka acabam dividindo um quarto, embora as coisas sejam mais castas do que Luka gostaria.
Então, o de espírito livre e bissexual Charlie(Charlie Himmelstein) entra em suas vidas e agita as coisas. dormindo com Luka e as mulheres, e se tornando um lugar entre amigo e irmão dos meninos. Enquanto Maurice tenta evitar a conexão, ele se encontra em uma família/círculo inesperada, que pode se tornar perigosa se ele começar a ser ameaçado por seu passado.
O enredo é misturado com muitas filmagens de performers burlescos, apresentando artistas reais como o britânico Mat Fraser, que não possui os braços, ou a drag Crimson Kitty, e, ainda, Rumi Missabu, do notável The Cockettes.
No entanto, o que inicialmente tem uma tendência a parecer desarticulado e um pouco aleatório começa a se construir em direção a algo mais interessante quando começa a explorar o que está acontecendo entre Luka e Maurice - o primeiro cada vez mais apaixonado, enquanto o último é mais enigmático, seduzindo e rejeitando Luka simultaneamente.
É também um filme raro que toma a bissexualidade como certa e sem julgamento, enquanto nos apresenta um grupo aberto de pessoas onde qualquer um poderia dormir com outro, em várias combinações, e ninguém realmente se importa.
Há uma beleza estranha e elegante nisso tudo, ecos de Cabaret! É, em alguns lugares, uma extravagância visual de arte performática e, inversamente, um olhar contemplativo de um menino perdido - temporariamente encontrado - para estar novamente perdido.
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