Baseada em acontecimentos reais, a história de Prece ao Nascer do Dia começa com o britânico Billy Cole (Joe Cole) sendo pego em uma apreensão de drogas tailandesa e terminando em uma das piores prisões de Bangkok.
Sozinho, cercado pelos piores dos piores prisioneiros e incapaz de entender o idioma, Billy está completamente isolado. Ele logo é apontado como um estranho pelas gangues e sofre a maior humilhação da prisão, o estupro.
Sofrendo repetidamente a indignidade e humilhação e isolado pelas celas superlotadas, ele logo percebe que tem que se encarregar de seu próprio destino sabendo que os cigarros são moeda de prisão, mas melhor ainda é aprender a lutar e participar dos torneios de luta de Muay Thai da prisão que irá agradar o chefe da prisão e, finalmente, poderá obter sua liberdade.
Joe Cole é convincente no papel principal e o diretor Jean-Stephane Sauvaire capturou lutas de boxe autênticas, onde mais uma vez Billy leva um soco de direita no ringue. Esse ar de realismo é muito ajudado pela escalação de ex-detentos da vida real, todos cobertos de tatuagens de gangues e agrupados conversando com ele em uma linguagem que ele realmente não entende e o ar de violência iminente pairando no ar.
O componente emocional, o tocante romance de Billy com a trans Fame(Cherry Miko), talvez pudesse ter sido mais explorado, como um contrapeso valioso para toda a violência e sangue, mas os criadores provavelmente tiveram o cuidado de não fazer tudo muito doce e mantiveram o foco no físico e no instinto de sobrevivência.
De qualquer forma, Prece ao Nascer do Dia é uma experiência audiovisual avassaladora, ainda mais impressionante pela história real na base. O filme é bem atuado, cru, implacável e, em raros momentos, surpreendentemente sensível também. Em muitos aspectos, tudo isso é muito parecido com o igualmente brutal Expresso da Meia Noite, de Alan Parker, de 1978.
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