quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Pojkarna(Suécia/Finlândia, 2015)



É revigorante encontrar um filme inteligente sobre a fluidez de gênero, que leva as questões de identidade a sério e usa sua configuração mágica para explorar temáticas trans de uma maneira interessante e diferente.

O filme, da cineasta sueca Alexandra-Therese Keining, segue as adolescentes Kim(Tuva Jagell/Emrik Öhlander), Bella(Wilma Holmén/Vilgot Ostwald Vesterlund) e Momo(Louise Nyvall/Alexander Gustavsson), que são as desajustadas de sua escola. Elas conseguem cultivar uma flor especial, que quando bebem seu néctar, permite que elas se tornem rapazes.

O néctar lhes dá a chance de experimentar a vida como jovens, que inclui tanto excitação e sentimento de poder, mas também confusão e risco de violência. Bella e Momo aproveitam seu tempo como caras. No entanto, Kim começa a sentir cada vez mais pertencimento ao novo corpo e que ser homem é quem ela realmente deveria ser.


Kim se aproxima cada vez mais de um colega adolescente chamado Tony(Mandus Berg), com o flerte deles se tornando uma mistura dos sentimentos de Kim por ele e o fato de que ele pode ser quem ela quer ser. No entanto, Tony está confuso sobre sua sexualidade, e Kim começa a se perguntar cada vez mais se é realmente por isso que ela se sente atraída.


Enquanto Kim explora a vida sendo aceita como um menino, ao som de Fever Ray, isso começa a colocar tensões no relacionamento entre ela, Bella e Momo. Isso se torna cada vez mais problemático com Bella, cuja paixão por Kim vem à tona de uma forma que pode ser destrutiva para todas.


Pojkarna é um ótimo filme, usando sua configuração mágica para dar uma olhada em questões sérias de uma maneira interessante e divertida. O filme mostra, que apesar das diferenças na experiência masculina e feminina, alguns aspectos de gênero estão mais próximos do que parecem. Ele permite explorar a construção social sob um ângulo mágico e a constante possibilidade de esperança.


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