Os homossexuais foram, como tantos, vítimas do regime, nazista, de Hitler. Foram perseguidos sob o parágrafo 175 do código penal alemão. Este parágrafo, datado de 1871, condenava à prisão "atos contra a natureza” entre homens.
Parágrafo 175, dos consagrados documentaristas Rop Epstein e Jeffrey Friedman, dá voz aos sobreviventes que nos contam sobre sua experiência pessoal e as consequências duradouras deste capítulo oculto na história do Terceiro Reich.
Ganhador do Prêmio Teddy de Melhor Documentário, no Festival de Berlin, bem como Prêmio de Melhor Diretor de Documentário, para Rob Epstein e Jeffrey Friedman, no Festival de Cinema de Sundance, em 2000, Parágrafo 175 lembra que centenas de milhares de homossexuais foram presos pelos nazistas entre 1933 e 1945.
10.000 foram enviados para campos de concentração sob o infame parágrafo 175, que já existia desde 1871 - este parágrafo do código penal alemão condenava à prisão "atos contra a natureza" entre homens e entre homens e animais, mas não levava em consideração o ato entre mulheres homossexuais.
Encenado de forma inteligente e variada, e narrado por Rupert Everett, o filme não tarda a chegar ao cerne da questão: um sobrevivente explica calmamente que sob as bombas e em plena guerra, ele estava fazendo amor em um trem.
Um documentário de sucesso com um propósito forte, o filme nunca é desanimador, nem chato pelas mudanças narrativas dos diretores: inserções (de imagens, intervenções de especialistas no assunto), diversidade de depoimentos e coragem de testemunhas para se revelarem.
A lei duramente criticada pelo documentário foi definitivamente abolida na República Democrática Alemã, em 1968 e depois na República Federal da Alemanha, em 1969. Parágrafo 175 é um documentário necessário sobre um doloroso capítulo da história da jornada LGBTQIA+.
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