Existe uma seleta galeria de diretores canadenseses, como David Cronenberg, Denys Arcand e Xavier Dolan, com C.R.A.Z..Y - Loucos de Amor, Jean-Marc Vallée, que mais tarde viria a dirigir Clube de Compras Dallas, entrou para esse grande time.
Sucesso de público, crítica e em premiações, o filme conta a história de Zachary Beaulieu (atores Emile Vallée, como criança, e Marc-André Grondin. como o adolescente), que nasce em pleno dia de Natal, de 1960, e odeia a data por sempre ganhar um presente que não gosta, embora o evento marque sua infância.
Embalado pela canção Crazy na voz de Patsy Cline, o disco preferido do pai de Zach(Michel Côte), vamos conhecendo a história da família, cujo as iniciais do nome de todos os filhos formam a palavra Crazy. Desde o começo percebemos a forte ligação da mãe com o filho Zach.
Aos 7 anos, Zach é flagrado pelo pai vestido de menina, sua relação com seu progenitor nunca mais será a mesma. Ele passa a rezar toda a noite para que não seja um maricas. A passagem para adolescência é marcada de uma maneira muito inteligente em um momento de bullying.
Com pôsteres de David Bowie na parede Zach agora é um adolescente. E acompanhamos essa transição numa cena linda ao som de Sympathy from the Devil dos Rolling Stones, lúdica e fantasiosa. Outro grande momento do personagem é quando dubla Major Tom de David Bowie com o raio pintado no rosto
Com um visual extremamente charmoso, que percorre duas décadas o filme aborda a questão da sexualidade como tabu, e embora aos 20 anos esteja namorando uma garota Zach tem a plena questão de sua homossexualidade. E é nesse ponto que travará um embate com o pai.
Com uma belíssima mensagem de que sempre teremos a família, o longa é uma linda história de amor e redenção. É impossível fugir de quem se realmente é. E tudo isso embalado por músicas de Patsy Cline, David Bowie, Pink Floyd, Rolling Stones, Charles Aznavour e The Cure.
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