Ray nasceu Ramona, e apesar de nunca se identificar com seu gênero, brincava de boneca e vivia em um mundo cor de rosa. A partir dos 10 anos se tornou Ray, a mãe Maggie(Watts) sempre procurou aceitar da melhor maneira possível, enquanto sua vó Dolly(Sarandon), que vive com uma mulher, preferia uma neta lésbica à trans.
O filme da diretora Gaby Dalall, traz um tema necessário e pouco explorado pelo cinema, em filmes como Meninos não choram e Tomboy, o da transexualidade masculina. Cheio de sutilezas, o longa mostra a angústia de viver em um corpo que não lhe pertence.
Ao completar 16 anos, Ray está decidido a começar sua transição, porém precisa recorrer a ajuda do pai, Craig Walker(Tate Donovan), que lhe dá todo o suporte e o apoia em sua decisão, ao mesmo tempo em que entra em conflito com a ex-mulher, provocando assim um momento catártico no filme.
O grande trunfo de Meu nome é Ray é a interpretação de suas três atrizes principais, que dão diferentes nuances e tons às suas personagens. O adolescente, em plena puberdade, enfrenta toda uma jornada de aceitação e conflitos, além de precisar tomar as melhores decisões para viver em sociedade, enquanto sua mãe e avó buscam a melhor maneira de lidar com a situação.
O filme que estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2015, aborda um tema urgente, alertando os desafios e adentrando a personalidade de um adolescente trans, que em processo de autoconhecimento, muitas vezes não é cruel apenas com os que o cercam, mas consigo mesmo.
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