sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

MELHORES FILMES TRANS - PARTE 2



Hoje é 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans, data que foi instituída em 2004, e desde então celebra a evolução e as conquistas da comunidade transgênero em nossa sociedade. Nesse dia, mais que especial, separamos dez longas que cultuam a cultura trans em suas mais variadas formas, camadas, cores, ângulos e nuances.

10 - Minha Vida em Cor de Rosa(Ma vie en Rose, Béligica, 1997)

Uma das primeiras produções a tratar da transexualidade na infância,o filme de Alain Berliner, conta a história de Ludovic, uma criança que é vista pela família e comunidade como um menino, mas de forma consistente comunica ser uma menina. O filme retrata a família de Ludovic lutando para aceitar essa expressão de gênero transgressiva. Uma bela obra lúdica ao retratar o mundo visto pelos olhos de uma criança transgênero.


9 - Meu Amigo Cláudia(Brasil, 2009)

O filme, de Dácio Pinhero, é uma colagem de depoimentos da própria Claudia em diversas fases, filmes antigos, shows em programas de tv, depoimentos de contemporâneos e recortes de jornal. através da trajetória dela, assistimos à cidade perseguir gays e travestis, ao surgimento da AIDS, o fervilhante underground paulistano, as mudanças políticas por quais o país passou, enfim, como diz o Zé Celso em dado momento do filme: "Claudia Wonder foi, não, Claudia Wonder é a história dessa cidade…" e é mesmo. Em tempos de perseguições à mini-saias e afins, conhecer a Claudia se torna mais do que necessário!

8 - A Garota Dinamarques(The Danish Girl, Reino Unido/Irlanda, 2015)

O filme de Tom Hopper, é a cinebiografia de Lili Elbe, Eddie Redmayne, tão entregue ao personagem quanto em A Teoria de Tudo, que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero, na Copenhague dos anos 1920. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda, Alicia Vikander, vencedora do Oscar de atriz coadjuvante, e sua descoberta como mulher. Filme delicado e belíssimo.

7 - Paris is Burning(EUA, 1990)

Premiado e antológico, o documentário, de Jennie Livingston, explora a cena dos Ballrooms de Nova York, na segunda metade dos anos 1980. Criada pela população LGBTQIA+ de origem afro-latina, essa subcultura é explorada em todos os seus aspectos e reflexões, tendo como foco alguns personagens marcantes de uma cena que ainda vive. O filme apresenta o conceito de famílias, casas de acolhimento, geralmente comandada por uma mãe trans. Esse longa é um ícone entre a comunidade queer, tendo inspirado a ótima série Pose.

6 - Hedwig: Rock, Amor e Traição(Hedwig and the angry inch, EUA, 2001)

Com canções emblemáticas o filme é uma icônica adaptação do musical Off Broadway, por John Cameron Mitchel, que dirige e estrela a película Hedwig é uma cantora de rock que nasceu homem, na Alemanha Oriental, e se chamava Hansel. Criado ouvindo uma rádio norte-americana, Hansel só tinha duas certezas na vida: de que seria uma estrela de rock e que um dia encontraria sua alma gêmea. Quando conhece Luther, recruta americano que promete casar-se e levá-lo para os Estados Unidos, Hansel pensa que chegou sua vez de ser feliz. Contudo, para que seu sonho se realize, é obrigado a submeter-se a uma cirurgia de troca de sexo. Hansel torna-se Hedwig, muda-se para a América e forma uma banda de rock. Mas este é apenas o primeiro capítulo de uma história ao mesmo tempo dramática e engraçada, permeada por amores arrebatadores, amargas desilusões e rock do bom.


5 - A Má Educação(La Mala Educacion, Espanha, 2004)

Em Má Educação, Pedro Almodóvar retoma uma história que começou a contar nos anos 1980, em A Lei do Desejo, da criança abusada pelo padre, que na vida adulta se assume trans. Quando um velho amigo entrega ao cineasta Enrique Godet (Fele Martínez) um roteiro baseado na adolescência dos dois, Enrique é obrigado a reviver sua juventude em um internato católico. Alternando passado e presente, o roteiro acompanha uma transexual (Gael García Bernal) que se reconecta com o passado. O encontro faz a personagem refletir sobre a vitimização sexual e o trauma de esconder sua preferência sexual. Almodóvar apresenta um metacinema impressionante e um desfecho apoteótico para a trans, Zahara.

4 - Traídos pelo Desejo(The Crying Game, Reino Unido/Irlanda, 1992)

IRA seqüestra um soldado inglês (Forest Whitaker), que desenvolve uma certa amizade pelo guerrilheiro (Stephen Rea) encarregado de vigiá-lo. Mas o soldado morre e o guerrilheiro vai comunicar sua morte à namorada do soldado, por quem acaba se apaixonando. Mas esta paixão lhe provocará um choque inesquecível, enquanto companheiros do IRA querem que ele participe de uma perigosa missão. O filme de Neil Jordan, de Entrevista com o Vampiro, foi pioneiro em trazer protagonismo trans. O ator Jaye Davidson, foi indicado ao Oscar por interpretar a transgênero, Dil.


3 - Meninos não choram(Boys don’t Cry, EUA, 1999)

História de um garoto transexual, Brandon Teena, morador de uma pequena cidade americana. Baseado em fatos reais, o roteiro mostra os violentos preconceitos que sofre quando sua transexualidade é revelada. Um brutal e cruel retrato de transfobia, que rendeu à Hillary Swank, o Oscar de Melhor Atriz. Com Cloé Sevigny e Peter Sarsgaard, no elenco, o filme é um grito de socorro da comunidade LGBTQIA+, que ainda hoje segue passando tipos de situação assim

2 - Uma mulher fantástica(Uma mujer fantástica, Chile, 2017)

Vencedor do Oscar de Filme estrangeiro, o filme conta a história de Marina, a ótima Daniela Vega, uma mulher trans. Quando seu parceiro, um homem de meia idade, morre, ela se vê diante da raiva e do preconceito da família dele. Ela luta por seu direito de sofrer - com a mesma energia ininterrupta que ela exibiu quando lutou para viver como uma mulher. O filme, abriu o caminho para que diversas produções LGBTQIA+ chilenas ganhassem luz.

1 - Tudo sobre minha mãe(Todo sobre mi madre, Espanha, 1999)

No filme que deu o Oscar à Pedro Almodóvar, Esteban é um jovem de 17 anos que está escrevendo uma história. No dia do seu aniversário, a mãe ia lhe contar tudo sobre seu pai, desconhecido para o menino. Mas um acidente impede que isso aconteça, e a mãe de Esteban decide partir atrás do pai de seu filho. Brilhantemente interpretada por Cecilia Roth, Manuela, encontra em Barcelona a trans Agrado, fundamental para a narrativa e protagonista de um icônico monólogo. Por lá Manuela cruza seu caminho com a atriz Huma Rojo(Marisa Paredes) e Rosa(Penélope Cruz), até finalmente encontrar Lola, o pai de Esteban. Obra Prima!

Fonte de Parte das Sinopses: Filmow.com

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