Se há algo que o diretor argentino Marco Berger, de Un Rubio e El Cazador, sabe fazer com excelência é dialogar com o público gay, através de uma bela fotografia que exalta corpos, silhuetas, volumes e formas masculinas.
Havaí é sexualmente atrativo, afinal é um belo casal de protagonistas, porém foca muito mais na história de amor que vai crescendo que no homoerotismo, comum na obra do diretor. O título, que sugere o lugar é na verdade um mistério, que só será revelado no final.
Martin, Mateo Chiarino, chega à pequena cidade onde cresceu e sem ter um teto para morar começa a fazer pequenos serviços para os moradores. Um dia, bate na porta de Eugênio, Manuel Vignau, um amigo de infância que está na casa escrevendo um romance.
Com Martin trabalhando para Eugenio, vai crescendo um clima imenso de tensão sexual. Os dois se tocam, se abraçam, se olham, aproveitam a casa e a piscina, mas nada acontece, além de uma excessiva brotheragem.
Colocando o espectador na posição de voyeur, Berger registra a masculinidade em planos reveladores. O clima lento, gera uma expectativa grande e acaba por cativar, na torcida pelo casal Martin e Eugenio.
Havaí, é uma das tantas obras de Marco Berger que têm a sensibilidade homossexual impregnada. O desempenho de seus atores, somado ao excelente roteiro e direção, fazem desse, mais um grande filme do realizador argentino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário