A homofobia é o monstro em Espiral, do diretor Kurtis David Harder. O terror queer começa com uma provocação simpática: um casal apaixonadamente em seu carro em um restaurante remoto e abandonado chamado Angel's Drive-In. É 1985, um par de faróis potentes se acendem e nos confirmam que os dois amantes são homens.
A cena de abertura é um flashback de um crime de ódio contra o namorado de Malik, Jeffrey Bowyer-Chapman, de American Horror Story, uma década antes. Como resultado de testemunhar a agressão brutal, ele está lidando com estresse pós-traumático, embora pareça despreocupado na maioria das vezes. Ele está constantemente no limite com uma natureza desconfiada e cautelosa.
Malik e Aaron(Ari Cohen) são um casal gay dos anos 1990. Eles são pais amorosos de Kayla( Jennifer Laporte) e, para uma mudança de cenário, a família vai para uma comunidade rica, mas rural. Não demora muito para que Malik comece a experimentar alguma animosidade dos vizinhos juntamente com estranhos apagões, crescendo em circunstâncias cada vez mais perigosas.
Quando um estranho vizinho entrega a Malik uma nota enigmática, na noite seguinte ele é encontrado morto e mais, Malik testemunha um ritual de culto através da janela da mesma casa antes que o homem seja encontrado. Quanto mais ele investiga, mais Malik começa a descobrir sobre um estranho conjunto de ocorrências em sua nova cidade que acontece uma vez a cada dez anos.
Espiral bebe de filmes como Horror em Amityville(1979) e O Bebê de Rosemary(1968) e realiza um trabalho eficaz, fazendo com que o espectador se pergunte se o bairro é realmente parte de um clã ritualístico ou se a paranoia e a saúde mental de Malik são incapazes de se adaptar às mudanças por causa de seu antigo trauma.
No último ato, o espectador é mantido no escuro quanto ao que é real e quais podem ser as motivações ao longo de todo o filme, mantendo-nos constantemente questionando e mudando de ideia sobre o que pode ser fruto da imaginação de Malik.
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