Criada por Manolo Cohn e Gastón Duprat, a atração gira em torno de um concurso de ‘macheza’ em um povoado fictício que representa os valores conservadores da sociedade mexicana.
Ao longo do caminho a série vai desconstruindo a masculinidade enraizada na cultura mexicana, com Charly triunfando em cada prova, espelhando as contrações de um processo de mudança.
Charly não é apresentado como um mero jovem queer, mas como um indivíduo cheio de complexidades, camadas e questões pendentes a ser resolvidas. Em meio à provas de Touro Mecânico e Mariachi, ele irá deixar o amor florescer e mostrar o verdadeiro significado da masculinidade.
Christian Chávez, conhecido pela novela Rebelde, atua como Jerónimo, um prefeito corrupto, que vê nos resultados do concurso a oportunidade de ganhar votos. O personagem fornece boas doses de humor a série, que são dosadas por momentos mais sérios, Do elenco adulto também destaca-se Alejandro de la Madrid, de Cuatro Lunas, como o amoroso pai de Charly.
Através de um olhar crítico a série não se limite a explorar apenas a experiência trans masculina, mas também masculinidade tóxica, transfobia, papéis de gênero e estruturas de poder.
Entre alguns tropeços, o mais bonito em El Rey de los Machos, é que a atração traz a questão da transmasculinidade para dentro da TV latino-americana, oferecendo um olhar fresco, sem ser didático, para que o espectador reflita os papeis de gênero na sociedade contemporânea.
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