quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

TOP 100 - 79 AO 70

 79 -Orlando: A Mulher Imortal(Orlando, Reino Unido, 1992)

A diretora Sally Potter se baseou no romance da autora Virginia Woolf,  escritora, que  abordava temas como empoderamento feminino e homossexualidade em uma época extremamente conservadora. Sua obra Orlando, de 1928, transgredia tempo e gênero e foi lindamente levada para o cinema pelas mãos, é claro, de uma mulher. Andrógina como sempre, Tilda Swinton surge emulando David Bowie, em um figurino vitoriano.



Baseado no curta Eu não quero voltar sozinho, de Daniel Ribeiro, o longa, ganhador do Teddy, em Berlim,  estrelado pelos mesmos atores, não se trata de uma continuidade, mas apresenta uma narrativa completamente diferente para a mesma história. O filme segue Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego que cresceu em São Paulo e está dando os primeiros passos rumo à independência e ao primeiro amor.

77 - 120 Batimentos por Minuto(120 battements par minute, França, 2017)


Ganhador do Queer Palm, em Cannes, o filme de Robin Campillo, 120 batimentos por minuto, mostra a militância feroz da Act Up Paris, sigla para AIDS Coalition to Unleash Power, um grupo que nasceu em 1987 e ganhou força em todo o mundo. De cara, o longa já traz uma descentralização da abordagem da militância no cinema norte-americano e nos leva para  Paris, onde a luta do grupo contra a indústria farmacêutica acontecia com fervor.


76 - Corações Desertos(Desert Hearts, EUA, 1985)



Corações Desertos é um filme que exalta a feminilidade. Feito, escrito e dirigido por mulheres, o longa é um marco, por uma das primeiras vezes estar mostrando a relação entre duas homossexuais de uma forma positiva, na Nevada, de 1959. O filme, dirigido por Donna Deitch, começa quando Vivian Bell(Helen Shaver) chega à estação de trem após ter pedido o divórcio. A professora se hospeda no rancho de uma família, onde conhece a jovem Cai(Patricia Charbonneau).


75 - XXY(Argentina, 2007)



Dirigido e escrito pela argentina Lucía Puenzo, o drama XXY, aborda a questão intersexo, um  tema tão delicado e poucas vezes tratados no cinema. Conhecemos Alex, uma adolescente de 15 anos cuja sexualidade é um mistério e seus pais, o zeloso progenitor é interpretado pelo excelente Ricardo Darín. Após a chegada de uma família em sua casa no balneário de Maldonado, no Uruguai, a trama começa a se desenvolver.




O filme, de Kimberly Peirce, conta a história de um garoto transexual, Brandon Teena, morador de uma pequena cidade americana. Baseado em fatos reais, o roteiro mostra os violentos preconceitos que sofre quando sua identidade é exposta. Um brutal e cruel retrato de transfobia, que rendeu à Hillary Swank, o Oscar de Melhor Atriz. Com Cloé Sevigny e Peter Sarsgaard, no elenco, o filme é um grito de socorro da comunidade LGBTQIA+, que ainda hoje segue passando esses tipos de situação.



Totalmente falando em latim Sebastiane, foi o filme de estreia de Derek Jarman, co-dirigido por Paul Humfress. O longa abre com a cena de um homem pintado inteiramente de branco dançando no centro de um grupo masculino, lembrando o universo circense de Alejandro Jodorovsky. Fotografado gloriosamente a obra segue a história de um grupo de homens e sua interação com um capitão romano, cuja fé pagã não condiz bem com as crenças cristãs da figura mítica de Sebastiane.



Como de costume na filmografia de Todd Haynes o longa nos remete a uma diferente época, dessa vez os conservadores anos 1950, onde Carol interpretada por Cate Blanchett, sempre brilhante, enfrenta o fim do casamento, sua própria homossexualidade e a necessidade de evitar um escândalo ao lutar pela guarda da filha. Quando conhece Therese(Rooney Mara) em uma loja as duas passam a desenvolver uma relação de cumplicidade que logo se transformará numa paixão clandestina.

71 - Gotas d'água em pedras escaldantes(Gouttes d'eau sur pierres brûlantes, França, 2000)


Alemanha, anos 1970. Léopold(Bernard Giradeau), um cinquentão, seduz Franz(Malik Zidi), um jovem garoto de 19. Franz se apaixona e vai morar com Léopold. No entanto, surge um dia uma pequena divergência, sobre a qual os dois não conseguem concordar. E a chegada de Anna(Ludivine Sagnier) e Vera(Ana Levine) só tendem a piorar a situação. A partir daí, não há mais um eu comum entre eles, mas apenas divergências. Baseado na peça de Rainer Werner Fassbinder, grande referência cinematográfica de François Ozon, que voltou mais recentemente a homenagear o alemão em Peter Von Kant. 


70 - Frida(EUA/México, 2002)


Dirigido por Julie Taymor, cujo trabalho nos palcos da Broadway é reconhecido internacionalmente, este é um filme biográfico que usa a criatividade como ferramenta para dissecar uma vida tempestuosa. Nascida de pai judeu alemão e mãe mexicana, Frida, muito bem representado por Salma Hayek, cresceu na Cidade do México em uma época em que era um foco de exílio e intriga.


PARTE 1 - 100 AO 90
PARTE 2 - 89 AO 80
PARTE 3 - 79 AO 70

PARTE 4 - 69 AO 60

PARTE 5 - 59 AO 50 PARTE 6 - 49 AO 40

PARTE 7 - 39 AO 30

PARTE 8 - 29 AO 20

PARTE 9 - 19 AO 11

PARTE 10 - 10 AO 01


Nenhum comentário:

Postar um comentário