Narrado por uma transexual, o filme traz à cena monstras, figuras que perpetuam pelo tempo, enquanto se alimentam de humanos e aos poucos se multiplicam, com um aspecto de predador, com grandes garras como um lobisomem.
A maioria das vítimas são indivíduos LGBTQIA+, inclusive o filme com um aspecto marginal de baixo orçamento, também usa esse recurso como metáfora para mostrar como a sociedade ainda marginaliza o homossexual.
Ambientada em Búzios, a obra nos apresenta a professora Naiana, que fuma maconha, enquanto observa corpos serem devorados, no final das contas ela também é uma monstra.
Mergulhando no universo do terror e dialogando com a estética queer, o filme faz até uma homenagem ao cinema cru e explícito de Bruce la Bruce, na obra L.A. Zombie, quando um zumbi penetra um cádaver.
Quando um amigo gay de Naiana chega à cidade e não a encontra ele acaba se relacionando com um fotógrafo local, outro importante personagem do filme, que é cheio de coadjuvantes adolescentes. Eles iniciam um romance enquanto procuram por Naiana.
O Canto dos Ossos é uma obra atípica no terror nacional, um terror B, que conduz uma trama LGBTQIA+ de maneira sólida, inventiva e aterrorizante. É sempre bom lembrar, como a comunidade queerr, foi por muitos anos vista pela sociedade.
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