sábado, 21 de novembro de 2020

Os Fortes(Los Fuertes, Chile, 2019)


Um novo caminho se abriu para o cinema LGBTQIA+ no Chile, desde que Uma Mulher Fantástica ganhou o Oscar de Filme Estrangeiro, em 2018. De lá pra cá, em um país totalmente machista, foram realizadas obras queer de bastante impacto como O Príncipe e Caminhos Esquecidos.

O filme é a versão estendida do premiado curta San Cristóbal, de 2015 e conta com os mesmos protagonistas. Na história Lucas, Samuel González, que ao viajar para a casa da irmã em Valdívia, acaba conhecendo Antonio, Antonio Altamirano, um cara que realmente abala suas estruturas. Ambos atores são bastante conhecidos da televisão local. 


Antonio trabalha num pesqueiro, o que coloca os dois protagonistas em uma situação social completamente diferente. O diretor chileno Omar Zuñiga, entrega ao filme um clima de latinidade, como em uma cena que Antonio, devastado por uma briga, escuta uma versão de Voyage Voyage, em espanhol, no carro. Memorável!

Triste e sutil em suas tomadas de decisão de roteiro com a natureza sendo parte fundamental do que liga e afasta o casal de amantes protagonistas tão diferentes, Os Fortes é um filme a não ser esquecido pelos caminhos seguidos por sua direção, atuações e fotografia.

Num cenário portuário, com vento, mar e névoa o longa é uma história íntima e muito romântica. Lucas e Antonio são dois personagens que crescem juntos e encontram uma conexão quando menos esperavam.

O longa é uma linda e triste história de amor, com altos e baixos, pontuada por hits chilenos dos anos 1990. É um filme sobre amadurecimento e encontrar o próprio lugar no mundo. A película, celebra a força que pessoas LGBTQIA+ têm para lutar e definir seu próprio lugar no mundo


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