sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Orações para Bobby(Prayers for Bobby, EUA, 2009)



Neste telefilme realizado pela Lifeteme, protagonizado por Sigourney Weaver, ela interpreta Mary Griffith, uma conservadora e religiosa fervorosa que preza acima de tudo pela família padrão, e os valores moralitas, no final dos anos 1970.

Bobby Griffith têm uma namorada, mas sabe que há algo nele, que se sente atraído por homens, mas que sua homossexualidade jamais seria aceita pela família. Numa tentativa frustrada de suicídio ele acaba contando para o irmão que é gay, que não divide o segredo e conta para a mãe.


Afirmando que não terá filho gay, Mary inferniza a cabeça de Bobby com conceitos ultrapassados e o submete a tratamentos psiquiátricos e religiosos que obviamente não funcionam, enquanto o pai é muito mais flexível, a mãe está sofrendo uma mistura de dor, angústia e raiva.


Pressionado, Bobby acaba se mudando para Portland, onde pode finalmente se sentir livre, sair para dançar, beber e encontrar um romance. Ele se relaciona pela primeira vez e conta para a família, deixando a mãe a beira de um colapso.


Perversa, Mary manda cartas insultando Bobby, dizendo que a AIDS, recém descoberta, era o castigo de Deus. Atormentado por tantos questionamentos cristãos entre o certo e o errado Bobby acaba se jogando da ponte e se suicida.

 

Desesperada e se sentindo culpada, Mary começa a ler os diários do filho, procura o Reverendo que apoia homossexuais e passa a mudar seu ponto de vista entendendo que não há nada errado com a homossexualidade, embora isso tenha lhe custado um preço muito alto.

Sigourney Weaver entrega o melhor de sua atuação em um discurso inflamado sobre sua experiência de intolerância e preconceito. Na Parada do Orgulho LGBT de 1984, Mary estava lá junto de pais, mães e amigos de gays e lésbicas. Após a morte do filho ela se tornou uma fervorosa ativista pelos direitos humanos e principalmente dos homossexuais.


Apesar de sentirmos raiva da protagonista, Orações para Bobby, é um belo tapa na cara da sociedade hipócrita, que usa Deus para justificar atos infundados contra pessoas LGBTQIA+.


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