Adaptação de um poema do britânico Samuel Taylor Coleridge, do século XVII, que nunca foi concluído, Christabel é o longa de estreia do carioca Alex Levy-Heller, que ficou responsável para achar um fim para essa história.
A inocente e bela Christabel, Milla Fernandez, mora com o pai, Júlio Adrião, na zona rural. Numa noite, escuta o choro de uma mulher, a quem vai ajudar. Encontra então, Geraldine, Lorena Castanheira, que jogada num canto diz ter sido violentada por vários homens, assim então é acolhida pela jovem que a leva para casa.
Geraldine, passa a desencadear várias mudanças no cenário familiar de Christabel e traz um clima de mistério e luxúria ao lugar, com morcegos aparecendo nas paredes e a nudez das protagonistas sendo reveladas.
Ainda que o ritmo do filme seja lento, vale a pena ver o quão Christabel se torna sexual na presença de Geraldine, e sonha com ela em seus desejos secretos. A cena dela chupando uma manga, enquanto se masturba é de uma poesia visual absurda.
A fotografia de Vinícius Berger, de Meu Corpo é Político, é belíssima, com planos e enquadramentos que valorizam as paisagens bucólicas, além de dar o clima de poesia, mistério e sensualidade.
“Sonhos só servem para te manter dormindo” diz Geraldine à Christabel em um de seus inúmeros diálogos, e é aí que elas consumem o sexo em uma cena forte porém de grande sutileza que dará o tom ao desfecho fantástico do filme.
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