Bang, Bang! O cover italiano da famosa canção na voz da cantora Dalida, embala momentos chave de Amores Imaginários, segundo longa de Xavier Dolan, que ao contrário de sua estreia, em Eu Matei minha mãe, explora uma abordagem mais experimental, sensível e delicada.
A trama é focada no triângulo amoroso platônico formado por Marie(Monia Chokri), seu melhor amigo gay Francis, interpretado por Xavier Dolan, e o misterioso Nicolas(Niels Schneider) que desenvolve uma amizade com os dois, porém não dá pistas de sua orientação sexual.
Imagens bonitas e aleatórias ilustram passagens do filme, que é marcado por uma estética bem intensa, que apesar do baixo orçamento abusa na ousadia, no uso de cores e movimentos de câmera e enquadramentos pretensiosos.
O filme é marcado por detalhes emocionantes e sutis, como Francis se masturbando enquanto cheira a camisa de Nicolas. Ou a divagação dos personagens sobre o amor e a relação de ciúme e posse que acabam desenvolvendo.
Amores Imaginários também consolida Xavier Dolan, como um diretor de grandes trilhas, além de Dalida, o filme ainda tem Vive la Fete, The Knife e Fever Ray, sempre muito bem colocados em cenas inspiradoras.
Com este seu segundo longa, o diretor mostrou muito talento, ainda que a maturidade só começasse a se manifestar em seus filmes seguintes. Mesmo assim o canadense é um prodígio, capaz de criar a própria linguagem cinematográfica.Bang Bang!
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