Baseado numa peça, de Jean Luc Lagarce, Dolan, conta a história de Louis, interpretado por Gaspard Ulliel, do polêmico Saint Laurent. Após 12 anos, ele regressa a casa da família para anunciar que vai morrer, onde reencontra a mãe(Nathalie Baye), o irmão Antoine(Vincent Cassel), Suzanne(Léa Seydoux) e conhece a cunhada, Catherine(Marion Cotillard).
Após Cannes, Dolan conseguiu levar atores renomados para seus filmes. É impressionante a carga dramática que Vincent Cassel coloca no seu personagem, o ator aliás sempre ótimo em papéis densos, como em La Haine.
O plano de Louis, que é um escritor, acaba quando as discussões em família se sobressaem, e em diálogos agressivos e ácidos o clima é de total histeria e hostilidade. Catherine observa tudo, sem poder fazer muito já que efetivamente não faz parte da família.
Os diálogos são bastante teatrais, mas a linguagem cinematográfica de Dolan está bem evidente no uso de planos, movimento e enquadramentos bem peculiares. Aliás, o diretor sempre prezou pela estética e vem fazendo disso uma marca. A homossexualidade do personagem Louis, apesar de ser mencionada e incomodar Antoine, não é o foco, de É Apenas o fim do mundo, que está na família completamente disfuncional.
O filme é pesado e denso e no final nos coloca para refletir. A obra também foi aclamada e premiada em Cannes, dividindo o Grande Prêmio do Júri de 2016 com o romeno “Baccalauréat”, de Cristian Mungiu.
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