Após muitas obras controversas com violência gráfica e sexo explícito, como O Exército dos Frutas e L.A. Zombie, o polêmico diretor canadense Bruce LaBruce criou em parceria com Daniel Allen Cox, um roteiro mais palpável para o público mainstream.
Em Gerontophilia, LaBruce troca o sexo explícito e as escatologias por um romance inusitado. Lake, Pier-Gabriel Lajoie, é um jovem de 18 anos que tem uma namorada, porém descobre uma atração por homens não mais velhos, mas idosos.
Um dia ele se canditada para uma vaga em uma casa de repouso, onde pode lidar com os pacientes e de certa forma satisfazer seus desejos. Quando conhece o Sr. Peabody(Walter Borden) ele cria afeto, além de atração sexual.
Lake e Peabody fogem do asilo, para que o octogenário possa viver o seu último romance. Na viagem os vínculos entre eles se estreitam, e nasce uma relação fraternal. Ao contrário da maioria de seus filmes, a gerontofilia não é explícita, deixando espaço para o sugerido.
Apesar do casal destoar esteticamente, a relação entre os dois é bonita e de certa forma poética, algo inédito na obra de LaBruce, sempre tão áspera e visceral. Tal sensibilidade, ele só voltaria a experimentar novamente em seu mais recente longa, o elogiado Saint Narcisse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário