O filme internacional de Xavier Dolan, A Morte e Vida de John F. Donovan começa com o clássico Rolling in the Deep, de Adele, com quem o diretor já trabalhou no clipe de Hello. Cultuando Divas Pop, o diretor já dá pistas nesse início, que este será um filme mais mainstream.
O longa narra a troca de cartas entre o ator em ascensão John F. Donovan, interpretado por Kit Harrington, o John Snow de Game of Thrones, e o pequeno Rupert, de 11 anos, Jacob Tremblay, o pequeno prodígio de O Quarto de Jack, que vive com a mãe numa cidade perto de Londres.
A história é narrada por Rupert já crescido, Ben Schnetzer, para uma jornalista, Thandie Newton. A narrativa é construída a partir das revelações do jovem que conta toda a história sobre o conteúdo das cartas.
John era um solitário, que vivia em função da carreira e esconder a homossexualidade para não prejudicar a imagem. Ao mesmo tempo, ele mantinha uma relação terrível com a mãe, interpretada por Susan Sarandon.
O tema das mães, onipresente na obra de Dolan, vem novamente à tona com a relação de Rupert e sua progenitora, interpretada pela sempre ótima Natalie Portman, os dois tem cenas bastante bonitas e consistentes.
Quando o conteúdo das cartas vem à tona, um escândalo acaba acontecendo e afeta tanto a vida de John quanto de Rupert, que irão passar por seus próprios infernos pessoais. Aliás é impressionante a atuação do menino Jacob Tremblay.
O filme, que conta ainda com a participação de Kathy Bates, foi detonado pela crítica especializada, talvez por esperar que Dolan traga novas abordagens. Mas A Morte e Vida de John F. Donovan é um filme cheio de identidade, com trilha sonora excelente e um elenco estelar que não deixa nada a desejar.
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