Emma Stone, não incorpora a malevolência extravagante da personagem, mesmo que ela padronize seu riso em alguns momentos. A atriz captura o brilho perverso de uma jovem brilhante, com senso único de moda, chegando a entender seu próprio poder.
Conhecemos a pequena Estella(Tipper Seifert-Cleveland), incompreendida pela maioria de seus colegas de classe e ridicularizada por seu penteado metade preto, metade branco (ela nasceu assim) e sua sensibilidade-punk. Em 1964, e ela já está deslumbrando seu blazer com alfinetes, enquanto cuida carinhosamente de um vira-lata perdido.
Depois de muitas brigas na escola, Estella e sua mãe solteira tentam se mudar para Londres; no caminho, eles param em uma mansão chique onde um baile está acontecendo. Estella se esgueira para olhar mais de perto, os dálmatas a perseguem, mas, em vez disso, acabam levando sua mãe pela encosta de um penhasco. Assombrada pela culpa, Estella chega a Londres sozinha, onde se encontra com os jovens trombadinhas Horace e Jasper.
Os figurinos deslumbrantes criados por Jenny Beaven, ganhadora do Oscar por Mad Max: Estrada da Fúria, têm clara inspiração em Vivienne Westwood em dão o tom fashionista do filme, que exibe a visão vanguardista e revolucionária da moda de Estella.
Após descobrir que a Baronesa é a responsável pela miséria de sua vida, a personagem assume sua identidade Cruella, com a ajuda dos já crescidos Horace (Paul Walter Hauser), Jasper (Joel Fry), o novo amigo estilista Artie(John McCrea) e a jornalista de moda Adelia(Kurby Howell-Baptiste). Cruella passa a fazer entradas triunfais, em todos os eventos da Baronesa, exibindo fascinantes e exclusivos modelos.
A trilha sonora do filme é simplesmente fantástica, cada momento significativo de Cruella é embalado por uma canção emblemática. Tem The Zombies, Nancy Sinatra, Supertramp, Bee Gees, Rolling Stones, Ike & Tina, The Doors, The Clash, Blondie, e a inédita Call me Cruela, gravada por Florence and the Machine.
É uma delícia assistir Emma Stone e sua montanha russa de emoções proporcionada pela jovem Cruella, e seu glamour diabólico. As origens da personagem da Disney deixam pistas sobre seu futuro sombrio, mas o filme é muito mais um manifesto visual do que é um conto clássico sobre maldade.
Não vi mas sua crônica e muito boa, assistirei
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