Escrito e dirigido por Duncan Tucker, Transamérica, é estrelado por Felicity Huffman, uma atriz cis que ganhou o Globo de Ouro pelo papel de, uma solitária mulher trans prestes a realizar o processo de resignação. Falta apenas uma semana para a cirurgia, quando Bree fica sabendo que há 17 anos ela teve um filho. Margaret(Elizabeth Pena), sua terapeuta, tinha a impressão de que, como um homem chamado Stanley, sua cliente era virgem. Mas agora, para dar o laudo necessário, ela insiste que Bree deve conhecer o filho e chegar a um acordo com ele antes da cirurgia final.
Bree, relutantemente deixa Los Angeles e viaja para Nova York para conhecer o jovem Toby (Kevin Zegers), um bad boy e garoto de programa que quer ser uma estrela pornô. Essa escolha de carreira é angustiante para Bree, uma conservadora de classe média elegante. Não querendo revelar sua verdadeira identidade, a personagem se apresenta como uma missionária especializada em converter profissionais do sexo a Jesus. Toby concorda em dirigir de volta para L.A. com Bree, principalmente porque precisa de uma carona.
Bree parece ter feito pouco sexo de qualquer tipo, trabalhando em dois empregos para economizar para a operação. Ela não é uma pessoa extremamente excitante, se veste como uma senhora, sempre em tons de lilás. Nos primeiros estágios do road movie sua personalidade contida contrasta com a explosiva de Toby.
E quando tudo começa a dar errado na viagem e Toby vê Bree ajeitando o pênis, o filme é embalado por Soy Infeliz, de Chavela Vargas, usada por Pedro Almodóvar em Mulheres a beira de um ataque de nervos(1988), em uma cena memorável. A canção original do longa Travellin'Thru, de Dolly Parton, foi indicada ao Oscar.
Há um leve toque de humor em Transamérica, mas isso não é tanto uma comédia quanto uma observação sobre a natureza humana. O filme é bem executado porque Felicity Huffman traz grande empatia e tato para sua atuação como Bree. Ela passou a vida inteira vivendo em um corpo que não se encaixava e, quando a libertação parece próxima, ela repentinamente recebe um filho indesejado.
No entanto, há descobertas e descobertas pessoais durante a viagem, especialmente durante uma parada em Phoenix, onde morava a irmã desagradável de Bree (Carrie Preston) e os pais excêntricos (Fionnula Flanagan e Burt Young). Para escapar dessa família, uma criança pode estar disposta a mudar não apenas de gênero, mas de espécie e Toby parece perceber isso.
É precisamente pela fragilidade da protagonista e sua persistência em realizar seus sonhos, que o filme funciona sem sair dos trilhos. Ela esperou tanto tempo para se tornar uma mulher por completo e que ironia começar essa nova jornada logo assumindo a maternidade.
Vi o filme tem novo por essa descrição, não lembrava quase nada E gostei
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