terça-feira, 13 de outubro de 2020

Holding the Man(Austrália, 2015)


Baseado nos escritos de Timothy Conigrave, Holding the Man começa em 1973 quando Tim(Ryan Corr) e John(Craig Scott) se apaixonam na escola. Juntos eles enfrentam uma jornada de descoberta, preconceito e luta por igualdade.

Com uma trilha sonora regada por sucessos dos anos 1970, de T-Rex a Blondie, a história vai se desenvolvendo. Os dois insistem em assumir a relação enquanto os empecilhos são impostos pelos pais, principalmente de John mas também pela sociedade. O pai de Tim é interpretado por Guy Pearce, de Priscilla a Rainha do Deserto.


Com uma narrativa que não é exatamente linear, pulamos para 1985, quando o casal é diagnosticado com AIDS no auge da epidemia, a relação de ambos, porém é otimista, como se uma cura estivesse próxima.


Voltamos para 1979. Tim é um aspirante a ator e quer entrar para a faculdade de artes em Sydney, para isso terá de se afastar de John e inicia um debate sobre monogamia e bares gays. Na capital australiana, as aulas de interpretação do personagem acabam virando em sexo, com drogas, orgias e saunas.


Em 1988, com as famílias já aceitando sua condição e relação, é preciso lidar com a doença dos filhos. Sem desenvolver os sintomas, Tim faz o tratamento tomando muitos remédios enquanto John vê a morte de perto e agoniza na hospital.


Tão belo quanto trágico, o filme utiliza de metáforas sutis para tratar sobre preconceito, aceitação, avareza e sexo livre, em uma época onde essa escolha era praticamente uma sentença fatal. É uma obra sobre um amor que ultrapassa décadas, estigmas e a própria morte.

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