terça-feira, 1 de setembro de 2020

O Exército dos Frutas(The Raspberry Reich, Alemanha, 2004)


O controverso diretor canadense Bruce LaBruce é conhecido por trazer muita violência e sexo para seus filmes. Sua obra lembra o cinema de Andy Warhol, por se tratar de um cinema experimental sem medos de romper barreiras como o gore e a pornografia.

Na primeira cena, de O Exército dos Frutas, vemos um personagem lambendo e chupando armas em frente a um pôster de Che Guevara, sabemos então que essa não será uma história convencional e que muitas cenas de sexo oral, masturbação, penetração e pênis em close virão por aí.

Uma gangue queer liderada pela revolucionária Gudrun sequestra Patrick, filho de um homem rico mas que não pagará um centavo por ter descoberto que o filho é gay. Em meio a cenas de sexo e discursos inflamados sobre a revolução homossexual o diretor insere letreiros perturbadores numa montagem frenética que lembra a linguagem de videoclipe.

Com um discurso carregado, que afirma que a "heterossexualidade é o opioide" das massas o filme até têm momentos interessantes como críticas ao governo Bush, porém são suas cenas de sexo que acabam se destacando. Bruce LaBruce foi realmente explícito e filmou tudo de maneira excitante para um jovem queer.

Posteriormente e em constante amadurecimento o diretor lançaria a sua obra prima Gerontophilia e comprovaria que além de fazer pornografia também sabe fazer arte e destacar temas relevantes de forma subversiva.



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