domingo, 7 de março de 2021

Canções de Amor(Les Chansons d'amour, França, 2008)


Christophe Honoré apresenta em Canções de Amor, uma atmosfera vaga e estimulante da boa e velha Nouvelle Vague, com referências à Godard e Truffaut, embalada por canções que evocam Sergé Gainsbourg e Jane Birkin.

Ismaël (Louis Garrel) e sua namorada, Julie, Ludivine Sagnier, de Gotas D’água em pedras escaldantes, expandiram seu relacionamento, incluindo Alice(Clotilde Hesme), colega de trabalho de Ismael.

Desde o começo, Alice deixa claro que seu interesse são as mulheres. E a conversa de Julie, com seus pais, sobre a atual formação de seu relacionamento, oferece a Ludivine Sagnier, um de seus melhores momentos no filme, antes que sua personagem caia morta de um mal súbito.

Com o fim do trisal e a solidão de Ismael, emoldurada por uma fotografia azulada que garante um clima de melancolia, sua rotina muda. Ele atrai Erwann (Grégoire Leprince-Ringuet), que desenvolve uma paixão e também é objeto de atenção da irmã mais velha de Julie, Jeanne (Chiara Mastroianni).


As canções, escritas por Alex Beaupain, pertencem a uma linha do pop francês contemplativo e letrado com versos cheios de delicadas metáforas eróticas.  As melodias são encantadoras, e garantem ao filme um charme único.

Dividido em três atos, Canções de Amor trata da bissexualidade de uma maneira inédita. Os números musicais, embora contidos são especialmente vistosos .O longa de Honoré, que mais tarde dirigiria Conquistar, amar e viver intensamente, é um experimento valioso e intrigante, que visa salvar o cinema musical da caricatura ou do esquecimento.


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