As ruas de Barcelona por onde Ocho(Juan Barberine) percorre, e seus ruídos silenciosos, marcam o começo do longa de estreia do argentino Lucio Castro, uma bela história de amor, sobre um caminho não percorrido.
Quando avista Javi(Ramon Puiol) na praia, Ocho se sente intimamente atraído, mas somente quando o vê da janela de um Airbnb onde está instalado, pois mora em Nova York, é que o chama.
O sexo aparentemente casual, acompanhado por queijo, vinho e baseado, nos leva a descobrir que Javi, mora na Alemanha, onde trabalha como diretor de um programa infantil e tem uma filha. No entanto Javi, lembra Ocho de que eles já haviam tido uma relação significativa há 20 anos atrás, em 1999, quando mantinham relacionamentos heterossexuais.
À medida que o filme volta no tempo, vemos como as esperanças e os sonhos de Ocho e Javi eram diferentes. Essas transições para frente e para trás são contínuas e íntimas, embora um pouco confusas porque a aparência dos personagens em pouco muda.
E é nessa narrativa bifurcada que Javi namora Sofia, Mia Maestro, de A Menina Santa, uma cantora lírica, que é amiga de Osho. Quando os dois rapazes se conhecem, se apaixonam e transam.
Fim de Século, que faz alusão ao período que os protagonistas se conheceram, é uma história de amor lindamente trabalhada nas ruas barcelonesas e que, brincando com o tempo, guarda um plot surpreendente para o final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário