terça-feira, 13 de abril de 2021

Jumbo(França/Bélgica/Luxemburgo, 2020)



Jumbo
, longa de estreia da diretora belga Zoé Wittock, oferece uma linda e não convencional história de amor entre uma jovem e um brinquedo de parque de diversões. A mecanofilia, atração sexual por máquinas, já havia sido abordada brilhantemente por David Cronemberg, em Crash: Estranhos Prazeres.

A atriz francesa Noémie Merlant, do glorioso Retrato de uma jovem em chamas, interpreta a tímida Jeanne. A jovem trabalha em um parque de diversões de uma pequena cidade na França, além de colecionar miniaturas de brinquedos como carrosséis e montanhas-russas.

Quando o “Move It”, uma grande atração giratória chega ao parque, Jeanne se vê completamente envolvida e o batiza de Jumbo, com quem começa a se comunicar  por meio de movimentos circulares, secreções escuras e as lâmpadas coloridas que o adornam.

O obstáculo de Jeanne em obter a aceitação de sua mãe solitária Margarette(Emmanuelle Bercot), a levam a uma rápida relação com o chefe Marc(Bastien Bouillon), que passam a questionar a sanidade da heroína. No trabalho, Jeanne sofre bullying de um grupo de adolescentes.

Uma paixão contra todas as probabilidades e totalmente fora da caixa é apresentada pelo roteiro escrito e dirigido por Zoé Wittock, que o torna uma história completamente plausível. Não se sabe ao certo se Jumbo está vivo ou é a imaginação de Jeanne.

Noemi Merlant se entrega ao papel com tal intensidade que, com o perdão do trocadilho, nos proporciona uma montanha russa de emoções. A relação entre carne e metal torna-se fascinante pelo trabalho do diretor de fotografia Thomas Buelens.

Quando o homem com que a mãe de Jeannie está tendo um caso conclui que tudo está bem se a jovem estiver feliz, o filme funciona como uma alegoria direta para a noção de que amor é amor, independente das barreiras.



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