Em Um Amor quase Perfeito, do diretor turco Ferzan Ozpetek, Antonia (Margherita Buy) parece ter uma vida perfeita com o marido Massimo (Andrea Renzi). Bem-sucedidos e felizes, eles vivem nos arredores de Roma e compartilham tudo juntos. Bem, quase tudo.
Quando Antonia está avisando um paciente sobre ter contraído HIV, ela recebe um telefonema que revela que Massimo morreu em um acidente de carro. Arrasada, ela recolhe suas coisas do escritório, o que inclui um quadro com uma dedicatória de amor assinado por ‘A Fada Ignorante’.
Em busca pela suposta amante do marido, ela acaba indo parar em uma comunidade queer em Roma, num aceno ao mundo colorido de Pedro Almodóvar.
Michele (Stefano Accorsi), é o sensível amante de Massimo e que fará Antonia viver uma realidade incomum ao lado de personagens como a trans Mara(Lucrezia Valia), a mãezona Serra(Serra Yilmaz) e o soropositivo Ernesto(Gabriel Garko).
À medida que vai conhecendo Michele, Antonia vai se encantando, eles descobrem que compartem do mesmo poeta preferido: Hikmet. E que ele conheceu Massimo em uma disputa por um livro que o marido comprava para a esposa.
Todos os personagens do longa tem seus dramas pessoais, não apenas os protagonistas, que passam por um momento intenso de luto e encantamento. Mara deve resolver questões familiares. Sierra está ilegal no país e Ernesto não aceita o tratamento de sua patologia.
Com vários momentos bonitos, e tratando do conceito de família queer: aquela que escolhemos, o longa é uma fatia refrescante do cinema italiano que já apresentava um diretor que anos seguintes, seguiria uma carreira muito relevante para causas LGBTQIA+.
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