quinta-feira, 8 de abril de 2021

Três Formas de Amar(Threesome, EUA, 1994)


Alex(Lara Flynn Boyle) gosta de Eddy(Josh Charles) que gosta de Stuart(Stephen Baldwin) que gosta de Alex. Quando a jovem vai morar com os dois amigos, no alojamento masculino da faculdade, por um engano do computador, se dá início o triângulo que conduzirá Três Formas de Amar.

Enquanto Alex tem orgasmos com as palavras de Eddy, Stuart é um bobalhão que só pensa em sexo, ainda assim exerce forte atração no amigo, que é virgem, homossexual e não teve nenhum tipo de relacionamento.

Dirigido e escrito por Andrew Fleming, o longa trata os desejos da juventude com muita naturalidade. Os personagens são amigos, são amantes, são pessoas que ainda estão descobrindo quem realmente são.

O filme tem uma atmosfera da década de 1990, com uma trilha sonora que vai desde a óbvia Bizarre Love Triangle do New Order e passa por U2, Duran Duran, Teenage Fanclub, General Club, Apache Indian e Tears for Fears.

A ambivalência na sexualidade dos personagens os coloca como bissexuais descobrindo novas formas de amar. Dick, interpretado por Alexis Arquette, antes de sua transição, traz um pouco de humor ao se tornar um pretendente de Eddy.

Sempre rindo e felizes, esse trio evoca François Truffaut e seu Jules et Jim: Uma mulher para dois. A cena em que se beijam a três no rio é linda, mas a afinidade e a cumplicidade pode ser ameaçada por segredos e mentiras.

Três Formas de Amar é um filme simples, que não exige muito dos atores, mas que mesmo assim entrou para a história da Cultura POP como uma obra que expressa a liberdade sexual sem criar julgamentos e estigmas.

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