O ano começou e junto com ele a 13ª Temporada de RuPaul’s Drag Race que, gravada toda durante a pandemia, trouxe algumas restrições, como o painel de jurados, mas vários inovações, provando que ainda há fôlego e criatividade para a franquia.
Denali, Kandy Muse, Elliott with 2 T’s, Joey Jay, Kahmora Hall, Lala Ri, Olivia Lux, Tina Burner, Rosé, Tamisha Iman, Utica Queen, Symone e Gottmik, o primeiro trans homem a participar do programa, formam o time de participantes.
A estreia foi diferente das outras, contando com 6 lipsyncs e dividindo o grupo em dois o das vencedoras e o das perdedoras. Nos dois episódios seguintes os grupos tiveram que apresentar desfiles de moda, com Kahmora Hall ostentando um legítimo Bob Mackie, e montar um musical; Congradulations e Phenomena. Sendo assim, a primeira eliminação só aconteceu no quarto episódio quando finalmente houve o encontro de todo o elenco.
A primeira eliminada foi a chiquérrima Kahmora Hall, que se saiu mal no desafio de atuação e levou uma surra de Denali no lipsync da icônica 100% Pure Love do Crystal Waters. Os desafios seguintes foram os costumeiros baile, comédia e o rusical, que nessa temporada teve como temática as redes sociais.
Como não houve jurados famosos, a produção deu um jeitinho de colocar Anne Hathaway e Scarlett Johanson, em contato com as rainhas num telão na Workroom, que também foi adaptada para seguir os padrões protocolares da OMS.
No oitavo episódio quando Symone e Kandy Muse tiveram que dublar por suas vidas ao som de Fifth Harmony, rolou o double shantay da temporada. Muse, que é filha drag de Aja, se destacou pela personalidade irreverente, explosiva e o crescimento ao longo da competição.
Marcando a metade do programa tivemos um especial bastante informativo com depoimentos das queens sobre como foi gravar durante a pandemia e o impacto em suas vidas.
Chegado o esperado Snatch Game, as convidadas foram Porkchop e Raven, das primeiras temporadas, e o destaque foi para Symone que, sempre ativista, retratou Harriot Tubman e Gottmik, que ganhou o desafio ao personificar Paris Hilton. O trans também se destacou por seu senso estético único e visuais incríveis na passarela.
No desafio de transformação, as queens tiveram que modificar umas às outras, já que o atual momento impediria que a produção trouxesse pessoas de fora. E esse episódio marcou mais um elo que se estreitou entre as participantes.
Tina Burner, que é uma drag conhecidíssima na cena de NY acabou não se destacando no programa e fez as malas antes do planejado. Na semana seguinte viria meu desafio favorito, o Roast, onde as participantes remanescentes precisaram fazer humor com as Miss Simpatias: Nina West, Heide N Closet e Valentina. Utica fez muito feio com piadas ofensivas enquanto Kandy Muse arrasou no tom e levou Win.
Ainda teve paródia de Querida Encolhi as Crianças que definiu o TOP 4 em um lipsync de Strong Enough da Cher, entre Olivia Lux e Kandy Muse. No episódio seguinte, Rosé, Gottmik, Symone e Kandy Muse, as quatro finalistas, arrasaram ao criar versos e fazer a coreografia para o clipe de Lucky, nova música de RuPaul, que desta vez foi gravado em estúdio e não no palco principal.
Uma das temporadas mais longas da história do programa, essa foi sem dúvida a das dublagens. Teve lipsync de Ariana Grande, Whitney Houston, Britney Spears, Lindsay Lohan, Janet Jackson, Cher, La Bouche e Dua Lipa, só para citar alguns. Até o tradicional Reunited, que acontece uma semana antes da final, abriu espaço para as queens eliminadas apresentarem seus clipes, tornando-se a melhor versão do episódio de todas as edições.
Na grande final foi visto algo que há muito não se via, RuPaul abriu o programa performando sua nova música New friends silver, old friends, para depois dedicar o programa à amizade e apresentar as quatro finalistas, desfilando em três diferentes categorias. Jaida Essence Hall, vencedora da 12ª edição, ficou do lado de fora do teatro acompanhando o público, que via tudo num drive in por um telão.
Além de uma homenagem à ChiChi DeWayne, participante da 8ª temporada, falecida no ano passado, a final também lembrou os 40 anos da epidemia da AIDS e fazendo uma analogia com o momento atual, o TOP 4 apresentou um belo número de Friends, da Bette Midler.
Chegou o momento das batalhas: a roleta determinou que Kandy Muse enfrentaria Rosé e logo Symone dublaria contra Gottmik. A Miss Simpatia eleita foi Lala Ri. Todas as músicas dos duelos foram de Britney Spears, Gimme More, Work Bitch e Till the World Ends, numa homenagem merecedíssima á princesinha do POP. O embate final, entre Symone e Kandy Muse, consagrou a talentosa Symone como a vencedora da edição.
O saldo da temporada foi muito positivo. A equipe se arriscou e conseguiu fazer uma edição que, mesmo trazendo mais do mesmo, apresentou um respiro de criatividade com um elenco afinado, que amadureceu ao longo dos episódios, e a produção cada vez mais caprichada. A 13ª temporada conseguiu novamente trazer alento em meio ao momento caótico que o mundo vive. Can I Get an Amen?
Muito legal!
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