quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Tucked(Reino Unido, 2018)


Tuck é uma gíria em inglês para definir como as drag queens e transexuais escondem o pênis, por isso Tucked numa tradução livre para o pajubá seria Aquendada. Dirigido por Jamie Peterson, o filme britânico têm um clima indie, intimista e melancólico.


Logo na primeira cena vemos a drag, Jackie, muito bem interpretada por Derren Nebitt, dublando a icônica I Will Survive, para uma plateia pouco receptiva. Em seguida ela começa seu show, com piadas ácidas e humor de insulto, no qual é muito talentosa.


Ao desmaiar na cozinha de sua casa enquanto se desmonta, Jack, o homem por trás da drag descobre que têm poucas semanas de vida e muitos assuntos pendentes para resolver. É numa dessas noites que conhece a jovem drag Faith, que vai trabalhar na mesma boate que ele.


Começa então uma jornada de amizade e cumplicidade entre as duas personagens, um idoso e um jovem com problemas familiares iniciando carreira e a própria vida sexual. A troca de experiências faz com que Jack revele que na verdade é hétero, mas que o desejo de se vestir de mulher o afastou de sua mulher, já falecida e a filha.


Antes de morrer porém Jack realiza vários desejos como ir a um club de striptease, comprar e usar drogas e fazer uma tatoo. Tudo isso enquanto desenvolve uma relação quase paternal com Faith, quem cuida dele e promove um emocionante encontro com a filha, no ponto alto do filme.


Tucked pode não ser nenhuma obra prima e isso é percebido por seu baixo orçamento, mas é uma bela história sobre sobre envelhecimento, relações interpessoais e a ligação com a morte, cercado por muito melancolia.


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