segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Queerama(Reino Unido, 2017)


Queerama utliza de imagens de arquivo a partir de 1919 sobre a cena LGBTQIA+ no Reino Unido. Filmes, programas de TV e campanhas são usados para mostrar o avanço da representatividade Queer ao longo do século XX.

Diferente de outros documentários esse não conta com depoimentos recentes, ele tem uma narrativa amarrada na trilha sonora que vai de John Grand, Sinead O’Connor, Hercules and love affair e Goldfrapp que ilustram belas e chocantes imagens de arquivo. Acho que o filme peca por não expor através de algum letreiro que imagens são essas. Os letreiros entram apenas para ilustrar momentos marcantes do movimento LGBTQIA+, na Inglaterra.

Sócrates, Platão e Alexandre o Grande eram homossexuais, mas porque nos anos 1950 a homossexualidade era considerada um distúbrio grave e criminoso? É isso que depoimentos antigos e antiquados tentam explicar sem sucesso afirmando que não havia vantagens em ser homossexual. Felizmente em uma questão de anos ganharíamos visibilidade.

Imagens lindas e poéticas amarradas a uma bela trilha sonora. Homofobia, tolerância, violência. Tudo isso é destacado no filme, inclusive o período de disseminação da AIDS. A primeira morte por HIV no Reino Unido foi em 1982.

É um belo documentário, atípico e que mostra períodos históricos de um ponto de vista muito sensível. Felizmente seu desfecho, ao contrário do começo, é com muita representatividade LGBTQIA+ com drag queens e pessoas trans ganhando respeito e o casamento gay se tornando uma realidade.




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